Por Diogo Olher, COO da Social Digital Commerce
As grandes empresas estão investindo pesado na criação de seus mundos virtuais, e não é para menos. Segundo levantamento da Kantar Ibope Media, 6% dos brasileiros que usam internet já transitam por alguma versão do metaverso, o que equivale a 5 milhões de pessoas. Outro levantamento, feito pela consultoria Gartner, indica que, em 2026, um em cada quatro usuários de internet passará pelo menos uma hora por dia nesses mundos virtuais.
O burburinho recente sobre metaverso e a evolução da internet para a chamada de Web3 resultam da explosão das criptomoedas e dos enormes investimentos sendo feitos em NFTs. O assunto tem movimentado indústrias, startups e big techs, pois impactam os atuais modelos de negócios e, consequentemente, precisarão migrar formatos e soluções de seus serviços. Essa movimentação abre um espaço enorme de oportunidades ao varejo, tanto na criação de novos negócios quanto de reposicionamento e adequação à nova realidade.
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No varejo, algumas iniciativas começam a se consolidar no metaverso. Muitas marcas têm realizado algum tipo de ação nesse “novo mundo” – uma rápida pesquisa mostra grandes nomes como Adidas, Nike, Vans e Zara -, utilizando a experiência no metaverso para gerar tráfego em seus sites ou desenvolverem ações de relacionamentos com seus clientes.
O segmento de e-commerce também começa a investir na Web3, caso da Social Digital Commerce, da qual sou o COO. Planejamos investir cerca de R$ 20 milhões até 2023, em soluções dedicadas ao metaverso e NFTs, além de firmarmos uma joint venture com o estúdio criativo Thunder Rockets, para unir produtos físicos aos ativos digitais. Queremos criar valor às marcas e suas comunidades, juntando produtos físicos aos ativos digitais para proporcionar novas experiências de compra aos clientes.
Como podem notar, a mistura de físico com digital (conhecida por phygital) será o meio pelo qual o consumidor poderá transitar e ter a mesma experiência de compra pelo canal que quiser, seja no físico ou no virtual. Com isso, os empreendedores poderão escalar suas vendas ao promover um relacionamento mais personalizado e ágil com seu cliente. Será a chance de se reinventar sem os limites de barreiras físicas e conectar todos os ambientes em um único universo.
Especialistas apontam que estamos na fase de transição e, apesar de ainda não existir uma forma estruturada da nova Web3, afirmam que será uma transformação gradual que pode demorar até uma década. Enquanto a transição está em andamento, a dica principal é aprender sobre as tecnologias desse ecossistema.
Que a Web3 traga grandes oportunidades de expansão aos negócios, proporcionando um e-commerce ainda mais eficiente e extremamente inteligente, que cria uma experiência de alta tecnologia envelopada com obras de arte raríssimas, sempre atendendo as reais necessidades do novo consumidor.