Os smartphones Galaxy S8 e Galaxy S8+ (ou plus) começaram a ser comercializados no dia 12 de maio passado, com preços estratosféricos de R$ 3.999 e R$ 4.399 respectivamente. Não há como dizer que qualquer smartphone valha esses preços.
Apesar desse fato nada interessante, não será o foco desse post. Todos sabemos o quanto nosso governo impõe de impostos tanto para nós, consumidores, quanto para empresas. Soma-se a isso o quanto as empresas querem lucrar no Brasil. Se eu fosse discutir esse tema, teria que publicar um post dedicado somente a esse assunto.
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Partindo disso prefiro focar na tecnologia, que é o objetivo desse blog. Eu testei o Galaxy S8 e relato aqui a experiência de uso, desempenho, design e o que o mais novo smarphone da Samsung oferece de bom e também o que não é tão bom.
O Galaxy S8 não é uma revolução, mas tem ótimos diferenciais em relação à concorrência
O S8 trouxe ótimas evoluções em relação ao Galaxy S7 Edge. A Samsung manteve as bordas laterais da tela curvas, o que dá a impressão de não haver bordas no telefone ou, como a empresa gosta de chamar, temos a sensação de imagem infinita.
A primeira coisa a notar é a aparência. É um design caprichado onde o vidro e a parte traseira se unem por uma borda toda feita em metal. A ergonomia também é ótima. Mesmo com uma tela grande de 5,8 polegadas, as dimensões do aparelho cabem perfeitamente na mão, mesmo em mãos pequenas.
O segredo é o aproveitamento da tela. Ela ocupa mais de 80% da parte frontal, deixando bordas muito finas e assim o aparelho não precisa ser grande para acomodar a tela.
Apesar do excelente acabamento, se o S8 cair, mesmo de altura baixa, o estrago pode ser grande. O vidro é o Gorilla 4, tecnologia da Cornning que o protege contra pequenos arranhões, porém, pode quebrar sim. Eu recomendo usa-lo com um case para protege-lo melhor. Clique nas imagens para ampliar e ver os detalhes:
Galaxy S8 – à prova e água e poeira
Vale citar que ele é à prova de água e poeira, certificado pela norma IP68. Essa certificação garante que ele pode ser mergulhado na água até 1,5 metro de profundidade durante 30 minutos. Assista ao vídeo abaixo que eu fiz em meu instagram para comprovar:
A tela é o auge do Galaxy S8
Quando ouvimos falar que o S8 tem uma tela de 5,8 polegadas, tendemos rapidamente a pensar que trata-se de um aparelho grande. Mas quando vemos e pegamos o smartphone na mão, logo sentimos que o aparelho tem ótima ergonomia e a usabilidade é perfeita, sem precisar daquele esforço extra para “esticar” o polegar no canto superior da tela.
O segredo dessa tela grande é que a Samsung conseguiu diminuir todas as bordas do aparelho e assim a parte frontal tem aproveitamento ótimo da área oferecida. Mais um detalhe: não existe botão físico na parte frontal e os botões de funções do Android só aparecem quando necessário. Por exemplo, ao assistir um vídeo no Youtube ou no Netflix, a tela é ocupada inteiramente e os botões virtuais ficam escondidos.
Ainda há mais um truque para que a usabilidade não seja prejudicada. O botão virtual central mantém sua função mesmo quando ele está escondido. O truque é que ele “entende” a pressão do dedo (assim como no conhecido iPhone desde a versão 6s). Basta pressionar com um pouco mais de força e você retorna à tela principal.
E isso fez com que o design ficasse muito elegante além de funcional e confortável de usar. A resolução é um diferencial também. No Galaxy S8 você pode escolher quantos pixels quer usar. Se você está perguntando: assim como em um computador? Sim, dessa forma mesmo. No menu de configurações é possível escolher entre três resoluções: HD+ (1480 x 720), FH+ (2220 x 1080) e WQHD+ (2960 x 1440).
Isso é bem legal para usar em jogos e assistir a filmes. A resolução mais alta pode consumir um pouco mais de bateria, já que usa maior densidade de pixels, mas deixa a imagem como uma pintura.
Sensor de reconhecimento facial e reconhecimento de íris
É interessante falar sobre esse item porque também é algo que funciona muito bem no S8 e, mais do que isso, é muito prático. Além de usar os tipos mais comuns de bloqueio de tela (padrão de desenho, senha por números, PIN e impressão digital), também é possível desbloquear o telefone por reconhecimento de íris e reconhecimento de rosto.
Nos meus testes esses dois últimos foram muito eficientes. Basta uma olhadela rápida na tela para que seja feito o desbloqueio. É realmente muito prático, pois funciona muito bem, mesmo no escuro.
Assista ao vídeo abaixo no qual faço uma demonstração do funcionamento do desbloqueio por íris:
Outra mudança em relação a linha S anterior: o S8 tem o sensor de impressão digital na parte de trás, mesmo porque na frente as bordas são tão finas que não haveria espaço para ele.
Apenas para deixar o teste de sensores completo, é bom dizer que o sensor de impressão digital funciona muito bem, desbloqueando imediatamente o aparelho assim que tocamos nele. Ele também tem uma função extra. Como ele fica na parte de trás, a Samsung aproveitou para facilitar o acesso ao menu de configuração rápida: ao deslizar o indicador para baixo no sensor, esse menu é aberto. Deslizando o dedo para cima o menu é fechado. Ok, é só um detalhe, mas a experiência de uso fica mais rica.
Desempenho do Galaxy S8
No Brasil o S8 chegou com processador Samsung Exynos 8895 com 8 núcleos trabalhando a 2,3 GHz. A memória é de 4 GB e o armazenamento interno é de 64 GB. Também há slot para cartão micro SD para expandir o armazenamento até mais 256 GB.
Em comparação com o geração anterior, o Galaxy S7 (ou S7 Edge, que usa o mesmo processador do S7), o S8 ganhou 10% em poder de processamento e 50% em poder de processamento gráfico.
Em média, na prática, o S8 está 25% mais rápido do que o Galaxy S7, que é a geração anterior. O S8 rodou tudo sem problemas, como jogos pesados, por exemplo: Bully, GTA V, Pokemon Go (que não é tão pesado, mas consome recursos) e CSR2.
Mas o que chamou a atenção não é rodar os softwares mais pesados; afinal, é o que a gente espera de um smartphone topo de linha. O que é legal, além disso, é a experiência de uso do Galaxy S8. Tudo roda muito fluido, sem demora, mesmo quando estamos baixando um aplicativo e alternamos entre tarefas.
Assistir algum filme no Netflix, por exemplo, e alternar para o whatsapp para ver uma eventual mensagem sem ocorrer lag ou travadas durante esse processo, é uma experiência muito boa, pois não se perde tempo.
Nos testes do aplicativo Antuntu, fazendo os cálculos com os resultados abaixo, podemos constatar que o S8 tem desempenho geral 28% maior do que o S7 Edge. Você também pode testar seu smartphone com o Antutu Benchmark, basta baixa-lo nesse link da Play Store.
Câmera do Galaxy S8
Esse item foi o que mais me preocupou antes do teste. O motivo é que os smartphones mais atuais (topos de linha), como iPhone 7 e LG G6 usam duas câmeras traseiras, onde uma delas oferece uma lente grande angular e a outra é uma câmera também de lata qualidade, porém com recursos comuns.
E foi bom ver que a câmera do S8 se saiu muito bem nos testes, mesmo usando apenas uma lente. A abertura de f/1.7 ajuda muito a ter mais luz entrando no sensor e assim as fotos ficam nítidas mesmo em ambientes com baixa luz.
A experiência também é muito boa na utilização porque qualquer troca de modo de foto é feito rapidamente, o que é muito útil para não perder o momento em que se deseja tirar a foto.
Melhor do que falar é ver as fotos. Tirei poucas fotos, mas cada uma mostra um ambiente diferente: retrato, paisagem, modo macro (objetos de perto). As fotos foram feitas no modo automático no qual o software da câmera ajusta os melhores parâmetros para cada situação.
Dou destaque para as fotos com pessoas: mesmo com movimentos rápidos, a foto não sai com rastros ou “fantasmas”. Isso mostra que a câmera do Galaxy S8 tem tempo de abertura muito rápido e, melhor do que isso, o sensor consegue captar quantidade de luz suficiente para que a imagem não saia granulada e nem escura.
Julgue você mesmo. Clique nas imagens abaixo para ampliar e ver os detalhes:
Duração de bateria do Galaxy S8
A Samsung dimensionou a capacidade de bateria do S8 em 3.000 mAh. É a mesma capacidade do Galaxy S7 (não confundir com o Galaxy S7 Edge, que usa uma bateria de 3.600 mAh). Em meu uso, deixei o brilho da tela em modo automático e a resolução em FHD+ (é a resolução intermediária).
Usei o aparelho normalmente como uso no cotidiano. Fiz cinco chamadas de voz que somaram pouco mais de 20 minutos. Ouvi podcasts por 1 hora e 30 minutos, usei Youtube e Netflix por mais 1 hora e meia (no Wi-Fi), acessei e enviei mensagens nas redes sociais (whats app, facebook, twitter, Telegram, Instagram), tirei 15 fotos, fiz um vídeo (em full HD) de 5 minutos, naveguei no Maps (que usa dados e GPS) por 30 minutos e, finalmente usei jogos por 30 minutos. Foi um uso pesado, usando quase todos os recursos do aparelho. E nesse perfil de utilização, a bateria chegou a 14% pouco antes das 15:40 horas (comecei a usar o S8 às 7 horas da manhã).
Fiz teste também em uso mais moderado, sem jogar, sem assistir vídeos, sem tirar fotos e sem fazer vídeos. Nesse perfil a bateria conseguiu segurar a energia até às 18:15 hs.
Posso dizer que a duração não é muito o que eu esperava, já que a Samsung divulgou que o processador é construído sob uma arquitetura menor e que consumiria menos energia.
A parte boa é que a carga é muito rápida: para carregar de 0 a 100%, a bateria leva pouco mais de uma hora e 40 minutos. E para carregar de 0 a 50%, o tempo cai para pouco mais de 30 minutos.
Conclusão
A experiência de uso do Galaxy S8 foi algo que superou minha expectativa. O design, além de bonito, é funcional, pois tem dimensões que cabem perfeitamente na mão e ainda conseguimos ter o benefício de uma tela grande (5,8 polegadas). A tela, o design e desempenho são os itens que tornam o uso do S8 uma experiência ótima.
A tela ocupa mais de 80% da área frontal do telefone deixando bordas bem finas, sem mesmo ter espaço para escrever “Samsung” na parte frontal como era na geração anterior (Galaxy S7). E isso tornou a experiência visual bastante impressionante além da ótima ergonomia. O desempenho também é algo bem legal de ver, não há aplicativo que fique lerdo ou com “lags” no S8.
A câmera manteve a performance do Galaxy S7, com fotos muito nítidas, mesmo em ambientes contra a luz. A estabilidade para gravar vídeos foi melhorada em relação ao S7, o que agradou muito no resultado final.
O android 7.0 (nougat) customizado pela Samsung está ótimo. Menus bem organizados que oferecem até sugestões quando você está nas configurações; isso ajuda muito a encontrar o que você precisa.
A bateria foi o único item que não surpreendeu; para quem deseja e precisa de mais tempo de uso, creio que seja melhor optar pelo Galaxy S8+ (ou plus, como queiram), modelo que ainda preciso testar.