Esqueça os tradicionais cinema, boliche e deixe seu smartphone de lado por uma hora. Vale a pena conhecer o Escape 60
Eu já vi muitos jogos de computadores serem inspirados em filmes e até mesmo na vida real, como simuladores tipo SimCity. Mas, na minha longa estrada escrevendo matérias na área de tech, é a primeira vez que encontro um jogo presencial baseado em um game virtual.
Trata-se do Escape 60′, um jogo onde as pessoas se reúnem para desvendar enigmas contextualizados em histórias. Nos computadores e smartphones essa categoria de jogo leva o nome de escape games ou, em português, jogos de fuga. A diferença entre o Escape 60′ e o jogo de escape virtual é que tudo é real: as pessoas ficam dentro de uma sala, como um quarto de hotel, por exemplo; recebem uma história e então precisam vasculhar o quarto atrás de pistas que auxiliam a desvendar o enigma da história e assim escapar da sala. A única condição é que tudo seja feito em 60 minutos.
Há cerca de três anos, surgiu na Ásia a ideia de reunir grupos de pessoas em salas temáticas, para solucionar problemas em 60 minutos. O objetivo foi proporcionar uma opção de entretenimento presencial para aqueles que se interessavam por grandes desafios e que curtiam uma verdadeira experiência sensorial, estimulada pelos detalhes da ambientação – objetos e móveis –, de sons e de tudo que pudesse envolver o participante no clima proposto.
O modelo de negócio atravessou fronteiras, e muitos países da Europa e os Estados Unidos abriram salas com esse tipo de atração. O sucesso foi instantâneo e se reflete na fila de espera, que em muitas cidades passa de duas semanas. A diversão já figura entre as principais atrações de entretenimento, segundo o TripAdvisor, das maiores e mais conhecidas cidades do mundo, como: Nova York, Paris, Londres e Roma.
Após conhecer a atração, há um ano, durante uma viagem de férias com a família na capital francesa, Jeannette Galbinski, Márcio Abraham, José Roberto Szymonowicz e Karina Papautsky tiveram a ideia de abrir um negócio como este em São Paulo. “Nós gostamos muito da proposta e apostamos que o Escape 60′ pode mudar o mercado de entretenimento no Brasil, até hoje focado em parques de diversão, cinemas, teatros e boliches.
Seguindo o modelo internacional, o primeiro Escape 60 traz ao País uma opção diferenciada de entretenimento para aguçar as habilidades e inteligência dos participantes. No entanto, suas atrações são inéditas e foram criadas especialmente para o público brasileiro. Por enquanto são seis salas, com mecanismos extremamente seguros e inteligentes, com os seguintes temas: A Joia da Coroa, Corredor da Morte, O Falsário, O Laboratório do Dr. Mortare, Operação Resgate e Salvem Nossas Almas (S.O.S.).
Cada jogo comporta um grupo, de dois a 16 participantes, que deve desvendar o mistério por meio de dezenas de pistas e escapar do espaço em até 60 minutos. Caso contrário, são resgatados do local. Estima-se que aproximadamente 20% dos participantes vençam o desafio. Os recordistas, aqui no Brasil, entrarão para o ranking de uma Galeria da Fama, que vai estimular de forma divertida a concorrência entre os entusiastas por um bom jogo.
Para compor cada ambiente e sua riqueza de detalhes, uma equipe de cenografia foi contratada e contou com a supervisão da sócia e arquiteta Karina Papautsky. “Ficamos muito felizes com os resultados da decoração dos espaços, que remetem de forma fiel aos temas designados para as salas. Cada peça tem seu significado e uma utilidade. A ideia foi envolver e transportar os participantes para um mundo lúdico e interativo”, afirma Karina.
Para complementar o projeto visual do Escape 60, a fachada foi grafitada pelo artista Sipros, que expõe suas habilidades pelas ruas do País desde 1997. O artista é famoso por recriar cenas tanto do cotidiano quanto inusitadas, que mostram a figura humana com perfeição. Por isso, foi escolhido para representar a temática do novo entretenimento.
O Escape 60 não é só uma forma diferenciada de entretenimento: o projeto foi desenhado para ser utilizado por empresas para avaliar competências de funcionários, treinamentos de liderança, dinâmicas em processos de seleção e outras ações. Isso porque os jogos estimulam o trabalho em equipe, a comunicação e a resolução de problemas.
Outro diferencial para atender às demandas empresariais é levar uma parte do Escape 60 a eventos de marketing ou até adaptar as salas temáticas, com o patrocínio de empresas, para lançamentos de produtos e divulgação de marcas. Esses projetos são realizados sob encomenda e personalizados para cada cliente.
“Trouxemos nossa expertise de mais de 25 anos. Eu, como consultora de gestão empresarial em grandes organizações, e o Márcio Abraham, como engenheiro de produção e também consultor, para este braço do Escape 60. Este é um nicho ainda pouco explorado no País, e que tem um potencial enorme de crescimento, já que faltam oportunidades de ações interativas para a área de recursos humanos e marketing”, explica a sócia Jeannette Galbinski.
“O trabalho de pesquisa e testes, que incluiu o desenvolvimento do projeto e os temas das salas e suas histórias, permite que os participantes tenham uma verdadeira experiência sensorial e trabalhem em equipe, para passar por todos os obstáculos até conseguir o objetivo proposto em 60 minutos. Escolhemos cada assunto, para despertar ao máximo a curiosidade das famílias, dos grupos de amigos e das empresas”, reforça Márcio Abraham, sócio e diretor da área de inovação.
Para participar do Escape 60, os clientes devem reservar e comprar os ingressos por meio do endereço www.escape60.com.br, onde também encontram todas as informações sobre as opções de salas, horários disponíveis e regras do jogo.
Fui convidado a jogar pela equipe do Escape 60 e entramos em uma sala que simulava um quarto de Hotel. Antes disso, a monitora nos contou uma breve história para contextualizar nossa situação e também nos deu instruções básicas sobre os objetos do quarto. Achei muito legal que a história é breve e as instruções curtas, ou seja, não é preciso ter conhecimento prévio sobre nada e o grupo já entra na sala para resolver o enigma.
A partir do momento que a porta é fechada, uma TV de 40 polegadas inicia uma contagem regressiva (60 minutos, claro) e o grupo já pode sair observando o quarto e o objetivo é conseguir abrir a porta para sair dele. Em nosso tema, posso dizer que, realmente, o quarto era exatamente uma réplica de um quarto de hotel. A cama, carpete, frigobar, acessórios de cozinha (era um quarto internacional), mesa, abajures, telefone, guarda-roupas, banheiro, tudo exatamente como um quarto de hotel.
A partir de pistas encontradas em malas, roupas, armários, tinhamos que abrir cadeados com códigos de letras e números. Após abrirmos portas e gavetas encontrávamos mais pistas dando mais dicas para abrir outros cadeados. Até mesmo o banheiro ficava fechado e precisamos desvendar os códigos de alguns cadeados até abrir o compartimento em que estava a chave.
Não posso contar mais do que isso, porque senão o jogo vai perder a graça para quem for jogar! Quem vai lá não pode sair contando como são os quebra-cabeças, pois é como se fosse um spoiler! O que posso dizer é que, a medida que o tempo vai passando, as pessoas ficam tensas e, se não mantiverem a calma e espírito de equipe, os enigmas ficam difíceis de resolver.
E não estamos sozinhos! A monitora fica nos vendo o tempo todo por câmeras espalhadas pela sala e, se verificar que a equipe está perdida, vai dando dicas por meio de um alto-falante que está embutido em algum lugar do quarto. O legal dessas dicas é que, ao menos que pude perceber, é que a voz (em nosso caso, feminina) é gravada, tem um tom frio, que nos envolve ainda mais na história. Não quero dizer aqui se conseguimos abrir a porta, mas quero dizer que a experiência de jogar presencialmente é muito divertida. Em meu caso, fomos em quatro pessoas e eu só conhecia uma.
Mas conforme o tempo foi passando e os quebra-cabeças precisam de ajuda para serem solucionados, todo mundo sai da sala muito amigo uns dos outros. Foi uma experiência muito interessante que, além de deixar os smartphones e gadgets de lado (não é permitido usá-los na sala, mesmo porque não tempo e nem necessidade deles lá dentro), proporciona uma atividade que trabalha o raciocínio em grupo, como nos jogos de tabuleiro, mas como diferencial de levar o tabuleiro para um ambiente real. Vale muito experimentar. Eu mesmo tenho curiosidade de ver o que há nas outras salas e pretendo voltar.
Nome: Escape 60
Local: Rua Baluarte 18, Vila Olímpia – São Paulo, SP
Horário de funcionamento: diariamente, das 10h às 22h
Tel.: (11) 3842-9066
Idade mínima para participar: não há; crianças com menos de 12 anos devem estar acompanhadas de um adulto.
Ingressos: no e-commerce www.escape60.com.br
Valores:
De segunda a sexta-feira, das 10h às 16h50: R$ 69,00 por pessoa, mínimo de quatro por sala.
De segunda a sexta-feira, das 17h às 22h: R$ 79,00 por pessoa, mínimo de quatro por sala.
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 22h: R$ 79,00 por pessoa, mínimo de quatro por sala.
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