A Ford Europa está usando a impressão 3D para evitar um problema que aborrece motoristas de várias partes do mundo: o furto de rodas. A empresa desenvolveu uma tecnologia que permite personalizar as porcas de fixação.
Para isso é usada a voz do cliente ou detalhes do próprio veículo para criar um desenho único e extremamente difícil de copiar – assista ao vídeo (52 segundos).
O uso de sistemas de segurança mais sofisticados ajudou a reduzir o furto de veículos e levou os ladrões a se voltar para os acessórios, como rodas de liga leve.
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Para inibir essa prática foram criadas as porcas antifurto, que são aplicadas uma em cada roda e precisam de uma chave ou adaptador especial para serem parafusadas. Bom dizer que nenhum sistema é totalmente a prova de roubo. Porém, sempre dificulta a ação do ladrão.
Junto com a EOS, empresa de soluções de prototipagem rápida, a Ford criou porcas de fixação com desenho baseado na voz do motorista. Assim como a íris e a impressão digital, esse sistema pode ser usado na identificação biométrica.
Os engenheiros gravam a voz do motorista por, no mínimo, um segundo, dizendo algo como “eu dirijo um Ford Mustang”.
Em seguida usam um software para converter essas ondas sonoras em um padrão físico. Esse padrão então é transformado em um círculo e usado para desenhar o entalhe da porca e da chave.
A porca e a chave são impressas em 3D como uma peça só, em aço inoxidável resistente a ácidos e à corrosão. No final, a porca e a chave são separadas, recebem um pequeno polimento e estão prontas para o uso.
O design inclui também recursos de segurança para evitar a cópia ou clonagem da peça. Os dentes internos da porca têm espaços desiguais que se alargam no fundo para evitar moldes de cera, pois o material se quebra ao ser puxado.
Além da voz, o desenho pode ser inspirado no logotipo do veículo, nas iniciais do cliente ou em temas de seu interesse, como o traçado de um autódromo famoso.
A impressão 3D, ou prototipagem rápida, dá flexibilidade aos projetos e ajuda a reduzir o peso, melhorar o desempenho e criar peças que não seriam possíveis com os métodos convencionais.
Há mais de 30 anos a Ford vem aumentando progressivamente o uso da impressão 3D para fabricar protótipos de peças e reduzir o tempo de desenvolvimento de novos veículos.
A empresa já usou essa tecnologia para criar peças do Ford GT e do Mustang GT500, além de peças especiais para carros de competição, como o coletor de admissão do Hoonitruck, de Ken Block.
Na linha de produção, a Ford usa a impressão 3D para criar ferramentas até 50% mais leves, que tornam as operações de montagem menos estressantes e ajudam a melhorar a qualidade dos produtos, além de equipamentos de segurança, como luvas de proteção.
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