Com seis gerações, a evolução do Wi-Fi remete a cerca de 310 milhões de dispositivos e impulsiona US$ 2 trilhões para a economia global
Hoje o Wi-Fi é algo tão inserido em nossas vidas que sequer conseguimos imaginar nosso dia a dia sem ele. Ao acordar, a maior parte das pessoas já pega o smartphone para conferir redes sociais, notícias, informações sobre o tempo – tudo isso antes de sair da cama.
Mas nem sempre foi assim: o Wi-Fi é fruto do trabalho de diversos cientistas durante mais de um século. Grandes nomes como Nikola Tesla, Guilherme Marconi, Alan Turing, Hedy Lamarr e muitos outros gigantes contribuíram para o desenvolvimento do Wi-Fi e computadores que tornaram nossas vidas muito mais fáceis e divertidas.
Atualmente, todo mundo sabe que o Wi-Fi é a comunicação sem fio entre dois ou mais dispositivos. Porém, o que nem todos sabem é que seu funcionamento é semelhante a uma onda de rádio. Nos primeiros anos, após seu desenvolvimento, diversos tipos – como o padrão 802.11 – atingiam taxas de transmissão de somente 1 Mbps (Megabits por segundo).
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Em 1999, com o aprimoramento da tecnologia, os padrões IEEE 802.11a e IEEE 802.11b passaram a utilizar frequências mais robustas, de 2,4 GHz a 5 GHz. Traduzindo para uma linguagem mais simples: o Wi-Fi atingiu velocidades maiores, de 11 Mbps a 54 Mbps.
A tecnologia Wi-Fi chegou ao Brasil somente em 2008, com a inicial chegada dos smartphones ao país e com a popularização da banda larga, mas foi só em 2019 que a remessa de dispositivos Wi-Fi ultrapassou 4 bilhões, de acordo com informações da empresa Wi-Fi Alliance.
Essa conexão consolidou-se como o principal meio de tráfego da Internet. Além disso, a tecnologia é responsável por impulsionar cerca de US$ 2 trilhões em questão de valor econômico mundial. Tal sucesso deve-se, entre outros motivos, por sua qualidade de serviço, rápidas velocidades de acesso, alta estabilidade e possibilidade de vários tipos de dispositivos se conectarem ao Wi-Fi.
“A rede Wi-Fi possibilita uma navegação mais ágil, prática e segura. Com o passar dos anos, a tecnologia se tornou intrínseca em nosso cotidiano em sociedade e, com isso, é interessante observar sua evolução com o passar do tempo. Estamos, atualmente, na sexta geração do Wi-Fi e já temos um vislumbre potencial da próxima geração e o que a mesma poderia nos trazer.
Ao herdar a banda larga de 6 GHz, o Wi-Fi 7 promete um aumento de velocidade de 240%, o que torna possível que o Wi-Fi de 30 Gbps (Gigabits por segundo) virar uma realidade”, comenta Marcello Liviero, Diretor de Nacional de Vendas da TP-Link no Brasil.
A evolução do Wi-Fi, da primeira a sexta geração
Wi-Fi 1: A primeira versão atualizada do Wi-Fi veio em 1999. Esta geração caracteriza-se pela possibilidade de conexões com as velocidades de 1 a 11Mbps.
Wi-Fi 2: A segunda versão do Wi-Fi veio no mesmo ano da primeira versão, porém com alguns avanços. O Wi-Fi 2 possibilitou conexões mais altas em relação ao primeiro, que variam de 6 a 11 Mpbs.
Wi-Fi 3: O Wi-Fi 3 estreou no ano de 2003 e foi considerado o sucessor do Wi-Fi 1, pela compatibilidade com a primeira versão, apesar de usar o mesmo canal de 2.4GHz do Wi-Fi 2.
Wi-Fi 4: Esta versão começou a ser elaborada em 2004, no entanto passou a funcionar somente em 2009. Sua principal característica deve-se a implementação da chamada Multiple-Input Multiple-Output (também conhecida pela sigla MIMO), capaz de aumentar as taxas de transferência de dados através da combinação de vias de transmissão. Está começando a cair em desuso para planos de internet acima de 100 Mega, mas ainda é popular para planos menores. São os famosos roteadores N300!
Wi-Fi 5: O Wi-Fi 5, mais conhecido como Wi-Fi AC, é muito utilizada no Brasil devido a sua dupla frequência: 2.4 e 5 GHz, esta última sendo mais estável e rápida pois possui menos interfer6encia. É o Wi-Fi mais usado atualmente por permitir uma taxa de transferência de dados alta o suficiente para suportar streaming de vídeos em HD e jogos online.
Wi-Fi 6: A tecnologia 802.11ax utilizada no Wi-Fi 6 foi aprovada em fevereiro de 2021. Nesta versão mais atual, as redes suportam taxas de 9,6 gigabits por segundo e ainda são compatíveis com todas as versões anteriores de Wi-Fi. Assim, você pode aproveitar as velocidades incríveis nos dispositivos mais modernos, que aceitam o Wi-Fi 6, e usar os padrões anteriores nos aparelhos mais antigos. O Wi-Fi 6 também suporta um número muito maior de aparelhos conectados – um grande diferencial não só para as casas inteligentes, mas também para locais com alta densidade de dispositivos como hotéis, universidades e aeroportos.
Será que a evolução do Wi-Fi vai parar por aqui com a chegada do 5G? Achamos bem provável que não. Porém, é provável que o nome da tecnologia possa mudar bastante, já que estamos chegando a um ponto onde há muitos dispositivos conectados. Mesmo com o Wi-Fi 6 tendo grande largura de banda, a Internet das Coisas (IoT – Internet of Things, na sigla em inglês) vai demandar muitas conexões e, consequetemente, vamos precisar de equipamentos e tecnologias robustas para suportar tudo isso.