O FaceApp já ultrapassou a casa dos 100 milhões de downloads. Usando algoritmos de inteligência artificial, ele envelhece o rosto das pessoas com uma realidade impressionante.
Mas até que ponto a empolgação com o app pode prejudicar a privacidade dos usuários? E o quão seguros são os app que utilizam reconhecimento facial? A Kaspersky, empresa internacional de cibersegurança, analisou o aplicativo. E, quanto ao app em si, não identificou nada malicioso.
“A foto é enviada para os servidores do app que fazem a modificação e enviam de volta para o usuário”, analisa Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky. “Tudo muito normal”, informa.
Termos de uso dos aplicativos
Já quanto à privacidade, para o especialista, essa é a única questão (e mais importante) envolvendo apps desse tipo. “Cerca de 64% dos brasileiros não leem as condições de um app antes de baixá-lo e esquecem de pensar sobre como seus dados podem ser utilizados, ignorando as configurações de privacidade”.
Cada vez mais, a tecnologia tem se reinventado e o reconhecimento facial está em amplo crescimento e ganhado força.
“O FaceApp, por exemplo, utiliza Inteligência artificial para fazer as modificações a partir do reconhecimento facial. Então, a empresa dona do app pode vender essas fotos para empresas desse ramo. E ainda corre-se o risco desses dados facilmente caírem nas mãos dos cibercriminosos e serem utilizados para falsificar nossas identidades”, afirma Assolini.
O reconhecimento facial, assim como a biometria, têm sido constantemente utilizados como formas de autenticação. Porém, é preciso ter cautela ao optar por compartilhá-los sem pensar.
“Temos que entender essas novas maneiras de autenticação como senhas, já que qualquer sistema de reconhecimento facial disponível a todos pode acabar sendo usado tanto para o bem quanto para o mal”, finaliza o analista da Kaspersky.
Acesse nossa matéria nesse link que dá dicas para se proteger ao baixar aplicativos.