A notícia tech do dia foi sobre o lançamento do Prime Video, da Amazon, serviço de streaming que compete com a Netflix. Por R$ 9,90 ao mês, a Amazon lançou um pacote bem generoso.
Trata-se do Prime Video (séries, filmes desenhos, documentários), Prime Music com 2 milhões de faixas disponíveis, muitos livros na Amazon Brasil e cerca de 20 mil produtos com frete grátis no site de comércio eletrônico da empresa.
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É uma capacidade gigantesca de investimento para atrair novos consumidores. Para mim, essa ação é a nova estratégia dos serviços online. Atrair consumidores a um preço baixo e, depois de um tempo (meses ou mesmo um ano, talvez) começar a enviar e-mails informando novos preços de todos os produtos e, claro, uma promoção para o pacote todo.
Não vejo nada de errado nisso, muito pelo contrário. Quem ganha é o consumidor. Concorrentes precisam sair da zona de conforto e, provavelmente terão que fazer algo, principalmente a Netflix.
O plano mais básico da Netflix custa R$ 21,90 com direito a reprodução em apenas um dispositivo e resolução HD (720 linhas).
Já o plano intermediário da Netflix salta para R$ 32,90, com direito a assisitir em 2 dispositivos usando a mesma conta simultaneamente e resolução full HD (1080 linhas). E se você quiser assistir em resolução 4K (3840 linhas), o plano sobe para R$ 45,90 mensais.
E no Video Prime, da Amazon, muitos filmes já são em 4K e é possível ter até três dispositivos usando a mesma conta simultaneamente. Isso é bom para quem tem filhos ou família grande. E pelo preço de R$ 9,90 mensais.
Um ponto positivo das duas plataformas é a opção de baixar filmes e séries nos dispositivos móveis. Assim é possível maratonar uma série em uma viagem longa de avião ou mesmo no caminho para o trabalho, em transporte público, por exemplo, sem precisar da internet.
Em conteúdo, a Netflix sempre priorizou suas próprias produções. E acertaram bastante, como os excelentes Lionheart, Beasts of no nation, O anjo do Mossad, só para citar alguns. Em séries também há muitos destaques. Já as grandes produções até chegam no Netflix, mas demoram muito.
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No Amazon Prime Video o destaque está mesmo nas grandes produções, que chegam mais rapidamente à plataforma. Ainda existem algumas falhas, como documentários sem legendas disponíveis.
Me desculpem as pessoas com inglês fluente, mas no Brasil não temos a cultura de falar inglês e, com certeza, isso pesa na hora de escolher um serviço de vídeos online pago.
Desenhos para crianças também não é o forte na Amazon Prime e isso conta muito no Brasil. Nas séries, os dois serviços se equilibram. Arrisco dizer que os dois se complementam: o que há em um, falta no outro e vice-versa.
Diante desses fatos, temos um mercado de entretenimento que vai esquentar por aqui. De um lado, a Amazon oferecendo uma quantidade grande de serviços por R$ 9,90. De outro, a Netflix com séries e filmes bem produzidos pelo preço mínimo de R$ 21,90.
O fator preço, com certeza, é um grande atrativo. Uma fatia de consumidores com maior poder aquisitivo, provavelmente vai ficar com os dois serviços. Mas a maioria vai acabar optando por gastar menos.
E, por fim, existem os fãs da Netflix, que não irão abandonar a plataforma. A parte boa disso é que algo terá que ser feito. O jornal Valor Econômico produziu uma matéria em que os concorrentes da Amazon no comércio eletrônico perderam hoje (10/9) R$ 4,7 bilhões de seu valor de mercado na Bolsa.
Claro, isso não inclui o Netflix, mas mexeu com as maiores lojas de comércio eletrônico no Brasil: Magazine Luíza, Lojas Americanas, B2W Digital e Via Varejo. Não que isso acabe com essas lojas, mas o acontecimento de hoje foi como uma bomba de aviso: cuidado com o monopólio.
É um número grande que não pode ser ignorado. E, na minha opinião, não será. Ao menos se as lojas não quiserem deixar tudo para a Amazon. Provavelmente veremos movimentações até o final do ano, com mais vantagens ao consumidor oferecidas por essas lojas. E a Netflix também deverá fazer alguma promoção.
Vejo com bons olhos. Netflix já abocanhou muitas assinaturas e não deve querer perder essa base de clientes. A concorrência vai oferecer melhorias em seus produtos e até mesmo deve lançar vantagens para os assinantes não migrarem para outro serviço de filmes online.
Quem vai dizer isso será o consumidor. Só espero realmente que não aconteça monopólio. Isso só causa estagnação nos produtos oferecidos e preços que nunca melhoram.
Bônus: Olha só como isso mexeu no mercado. Mal acabei de digitar essa matéria e vi que a Apple anunciou hoje seu serviço de streaming de vídeo também a R$ 9,90. Mas só vai estar disponível em novembro próximo! Que venham mais concorrentes para o bem de nossa economia.
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