Todo mundo já conhece o FaceApp, aplicativo que envelhece ou rejuvenesce nossos rostos. O resultado é tão bom que o app virou febre nas redes sociais em poucos dias.
Na Google Play é possível verificar que o número de downloads já ultrapassou a casa dos 100 milhões. Apesar de parecer inofensivo, ele pode entregar informações pessoais dos usuários à parceiros.
“Podemos também compartilhar certas informações, como cookies, com parceiros de publicidade. Essa informação permitiria redes de anunciantes, entre outras coisas, a entregar anúncios direcionados que elas acreditam que seriam de seu interesse”. Isso é o que diz o contrato assinado ao clicarmos “aceito” nos termos de uso do app. E pode ser visto na íntegra nesse link: faceapp.com/privacy.
Veja também: Como o FaceApp pode prejudicar nossa privacidade?
A atenção à informação coletada e utilizada pelos aplicativos é um cuidado que deixamos de tomar ao utilizar ferramentas online. E isso acaba gerando uma sensação de insegurança sobre os dados pessoais.
O estudo global Unisys Security Index mede anualmente as percepções dos consumidores sobre segurança em uma escala de 0 a 300. Ele aponta que as preocupações com segurança pessoal (que abrangem roubo de identidade e segurança física nos próximos 6 meses) são as mais altas entre os brasileiros, com 200 pontos no ranking. Em segundo lugar, está a preocupação com segurança na internet (que abrange vírus cibernéticos, spams ou hackers e compras online), com 194 pontos no ranking.
A pesquisa destaca ainda que 59% dos brasileiros estão apenas um pouco confiantes de que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) vai garantir a segurança de seus dados mantidos por empresas e governos.
No caso do FaceApp, os dados coletados são armazenados em servidores nos EUA, país que ainda não tem uma lei específica de proteção de dados, o que dificulta o acionamento da Justiça em caso de vazamento de informações.
No entanto, além da responsabilidade da empresa sobre a privacidade dos dados, o que chama atenção nesse caso é que o comportamento do usuário pode deixá-lo vulnerável e comprometer a sua segurança pessoal.
Não se pode dizer com 100% de certeza de que o FaceApp rouba seus dados pessoais, mas também não é impossível disso acontecer. E esse app levantou a questão de segurança devido à sua popularidade. Portanto, para se proteger, siga algumas dicas básicas:
Para resumir, ao desconfiar de um app, leia seu histórico, verifique o site do desenvolvedor, leia as resenhas que fizeram dele. Pense que seus dados são muito mais importantes do que a curiosidade.
E para ler o conteúdo completo do Estudo sobre o índice de segurança da Unisys, clique nesse link. Está em português.
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