A Asus entrou no disputado mercado de smartphones em outubro de 2014 quando lançou o modesto Zenfone 5, quando esse blog ainda nem existia.
Em 2015 a empresa de origem taiwanesa apostou mais ainda no Brasil, quando trouxe uma série de smartphones que continuam sendo comercializados até hoje.
E em março de 2016 a empresa foi mais ousada ainda quando apresentou o Zenfone Zoom, um smartphone premium, o mais caro da Asus lançado no Brasil até o momento (R$ 2.699 com 4GB/64GB e R$ 3.299 com 4G/128GB). Assim, achei que merecia um review longo, com detalhes, para verificar detalhes do smartphone.
Resolvi fazer mais do que um teste padrão. Eu usei o Zenfone Zoom como meu principal aparelho durante 100 dias (talvez uns três dias a mais que isso). Assim posso contar a experiência como um usuário comum, o que vai além de falar de desempenho e outras partes técnicas do produto.
Por exemplo, quando peguei o aparelho ele ainda estava com o Android 5.0. Nesse período de testes houve mais de seis atualizações até ele receber o Android 6.01 (marshmallow), o mais atual até essa data do review.
Essas várias atualizações foram ruins? Muito pelo contrário. Para mim isso mostrou que fabricante se preocupou em manter o produto atualizado e também em corrigir o que estava com problema.
Desde o primeiro momento que você olha e toca no produto, já nota que houve muito cuidado no projeto. Ele é feito em uma única peça de alumínio, que vai sendo esculpido durante o processo de fabricação.
Também passa por um processo de anodização, que protege ainda mais o alumínio contra corrosão. Sua tampa é revestida em couro e o design da parte de trás lembra uma câmera compacta.
E faz todo sentido ser assim, pois o Zenfone Zoom traz uma câmera de 13 megapixels com zoom óptico de 3x. Vale ressaltar que é zoom óptico e não apenas um zoom digital. Isso significa que há um conjunto de lentes fazendo o trabalho de zoom, tornando a imagem muito nítida e não apenas aumentada por algoritmo, como é o caso do zoom digital.
Primeiro porque utilizei o Zenfone Zoom diariamente por mais de 90 dias sem capinha de proteção e o couro não riscou e nem desgastou.
Em segundo lugar, a solução de colocar uma câmera com zoom de 3X onde as lentes ficam dispostas horizontalmente no aparelho, eliminou a necessidade de embutir uma lente basculante, o que deixaria o smartphone com um design monstro, além de ter mais partes mecânicas.
Outro detalhe que achei ótimo: o Zenfone Zoom vem com botão físico para tirar fotos e funciona exatamente como uma câmera comum, em duas fases. Ao pressionar levemente, o foco automático é feito e, terminando de pressionar, a foto é tirada. E isso me garantiu fotos nítidas, sem perder o momento. E também para um melhor controle, há um botão físico para iniciar a gravação de vídeos também.
Outro ponto positivo do acabamento: Por ser feito inteiramente em metal, o smartphone é muito robusto. Nesse período de mais de três meses de uso diário, o smartphone caiu no chão quatro vezes.
E foi acidentalmente mesmo, puro azar descuido dessa pessoa que escreve esse texto. Tive sorte de cair em piso liso, dentro do escritório no trabalho e também em casa.
As quedas aconteceram de uma altura de cerca de 60 centímetros, mais ou menos da altura do bolso da calça. Achei importante relatar isso porque o metal (parte lateral do aparelho) não amassou e também não aconteceu nada com o vidro.
A tampa não lascou e nem rachou, talvez graças ao revestimento de couro. Tive sorte? Provável que sim na altura da queda e o tipo de piso. Mas o fato de ser construído todo em metal e a capa em couro me ajudou na “sorte” de não quebrar o smartphone.
A tela de 5,5 polegadas tem definição full HD (1920 x 1080 pontos) com tecnologia LCD IPS que oferece ângulo de visão de 178º. O vidro que protege o display é o Gorilla 4, tecnologia que resiste a pequenos arranhões.
O Zenfone Zoom tem dimensões grandes para abrigar a tela de 5,5 polegadas. A ergonomia é boa, o telefone não escorrega da mão, porém, é preciso avisar que mãos pequenas vão sofrer um pouco para manusear o aparelho com apenas uma das mãos.
É preciso dizer que um recurso pode ser acionado (presente em vários smartphones grandes) em que o sistema redimensiona os limites da tela para 4 polegadas, de forma que a operação com apenas uma das mãos seja facilitada. No Zenfone Zoom, basta pressionar a tecla de início três vezes rapidamente e a tela é dimensionada.
O Zenfone Zoom vem com processador de quatro núcleos trabalhando a 2,5 GHz (Intel Atom Z3580). A memória RAM é de 4 GB. Quanto à capacidade de armazenamento, está disponível em duas versões: uma com 64 GB de armazenamento interno (com preço de R$ 2.699) e outra com 128 GB (R$ 3.299). Ainda é possível expandir o armazenamento para mais 128 GB por meio de cartão micro SD.
E como qualquer smartphone topo de linha, ele vem com tudo que tem direito: NFC (comunicação por proximidade), Bluetooth 4.0, GPS (sistema norte-americano e GLONASS) e todos os sensores: giroscópio, acelerômetro, bússola e de proximidade.
Eu verifiquei que o processador é muito rápido. Aliado com a memória de 4 GB, que fornece espaço mais do que suficiente para trocar dados com o processador, todos os aplicativos são executados com agilidade. Pode ficar tranquilo, qualquer aplicativo pesado roda nesse smartphone sem problema.
Opa, quase sem problemas. Tive uma indisposição com o Snapchat em que o áudio ficava fora de sincronia e, depois de um tempo de uso, verifiquei que até mesmo alguns filtros não funcionavam.
Aparentemente o desenvolvedor do Snapchat não deu muita atenção para o sistema Android. Posso afirmar isso pois fiz pesquisas e encontrei muita gente reclamando do app. As pessoas comentam que estão com problemas no Snapchat em vários smartphones. E não contente eu também fiz uma pesquisa em sites de outras partes do mundo. No entanto, verifiquei que em outros smartphones topo de linha com Android, o Snapchat funciona bem, sem travar ou ficar com tela preta como foi o caso do Zenfone Zoom.
Outro detalhe: o Zenfone Zoom teve um probleminha para rodar Pokémon Go logo que o jogo foi lançado, na primeira semana de agosto. Tanto que nessa primeira semana, o jogo nem estava disponível para o Zenfone Zoom na Play Store.
Porém, até eu terminar esse review, o jogo foi liberado para o Zenfone Zoom e rodou lisinho sem perigo algum de perder Pokémons, pontos de parada ou academias de luta.
Bom já começar dizendo: o Zenfone Zoom é praticamente um smartphone com uma câmera compacta dentro.
Vou explicar isso direitinho. A câmera utiliza um conjunto de 10 lentes dispostas dentro do círculo da parte de trás. É por isso que o smartphone tem maior espessura nessa parte. Essas lentes se movem internamente para fazer o zoom óptico, sem a interferência de software.
E isso faz com que o telefone alcance um zoom de até 3 vezes sem interpolar pixels, ou seja, um zoom real, igual uma câmera compacta. E dá para perceber isso quando acionamos o zoom e a imagem vai aumentando gradualmente, pois as lentes precisam se posicionar nos locais corretos.
O resultado é bastante interessante, exatamente como se a foto fosse tirada com uma câmera digital compacta (ou doméstica como alguns gostam de chamar). Ainda é possível inserir o zoom digital de até 12x.
Nessa quantidade de zoom digital até podemos perceber ruídos na foto (granulação), porém o que impressiona é que, mesmo fazendo um zoom tão longe, a foto não sai tremida.
Isso se deve à estabilização ótica (OIS) onde as lentes se movem por 4 eixos, o que deixa a imagem muito estável. Para quem é mais técnico, seguem as especificações da câmera principal: 13 megapixels, abertura focal de f/2.7-4.8, 28-84mm (zoom optico de 3x), autofoco por laser, flash dual-LED.
Mas melhor do que citar todos esses termos técnicos, é ver do que a câmera é capaz. Clique na foto abaixo (a do navio) para abrir a galeria de fotos que fiz com o Zenfone Zoom.
Além do modo automático, a câmera permite alterar parâmetros manualmente. E isso foi uma experiência bem legal de usar e ver. É possível alterar o ISO (50 a 3.200); a velocidade do obturador (de 1/16.000 até 32 segundos, o que é impressionante para um smartphone); o tempo de exposição e o foco.
Com esses parâmetros podemos tirar fotos bem diferentes de outros smartphones, inclusive à noite com efeitos de rastro de luzes, por exemplo. Veja abaixo alguns exemplos de foto em que usei o modo manual. Graças ao Zenfone Zoom eu consegui tirar uma foto decente da lua cheia com um smartphone!! (veja a galeria de fotos clicando na imagem do navio abaixo).
Foi preciso um certo tempo para para pegar o jeito de ajustar os parâmetros de acordo com cada ambiente. Mas depois dessa curva de aprendizado, que aliás serve para qualquer câmera, os ajustes ficam mais rápidos e as fotos ficam com efeitos muito bons.
Por isso posso dizer sem medo de errar que quem curte tirar fotos e brincar com luz, velocidade de obturador e ISO, vai gostar do Zenfone Zoom. O modo automático tira ótimas fotos e o zoom óptico de 3x é realmente eficiente. Além das fotos não sairem tremidas, também não perdem a nitidez. As fotos da galeria acima são uma prova de que a câmera do Zenfone Zoom cumpre o que promete.
Há outros modos de foto a serem explorados, que são pré-ajustes feitos pelo software. Dou destaque para o modo panorâmica, para o modo super-resolução (ajuda muito em fotos de longa distância), o modo profundidade de campo (obtém efeito interessante desfocando o fundo ou o assunto), o modo retrocesso de tempo (tira várias fotos e sugere a melhor – ótimo quando tiramos fotos de esportes ou crianças) e o modo passagem de tempo (faz vídeos em time-lapse).
O flash do Zenfone Zoom é dual-tone, o que ajuda muito a tirar fotos em ambientes pouco iluminados sem estourar o branco do flash no rosto da pessoa ou dos objetos. E isso mantém a cor bem fiel ao original.
Quanto ao modo de vídeo, o Zenfone Zoom faz muito bem o básico para um smartphone flagship. Filma em full HD (1920 x 1080 pontos) a 30 quadros por segundo e usa estabilização óptica quando filmamos em HD (1280 x 720 pontos).
A câmera de selfie faz fotos em 5 megapixels e o resultado é ok.
Clique na foto para ver a galeria de fotos feitas pelo Zenfone Zoom
Eu sou um heavy user de smartphone. Utilizo muito o Instagram, Whatsapp, Telegram, jogos em geral, pulseira fitness (em que deixo o bluetooth ligado direto para fazer a comunicação), twitter, mapas, podcast e outros. Usando smartphone para tirar fotos, jogar, acessar as redes sociais, usando muito o 4G e Wi-Fi, além de assistir alguns vídeos (no total de 50 minutos no máximo), o Zenfone Zoom segurava a carga durante 9 ou 10 horas por dia. Considerando que a bateria é de 3.000 mAh, achei o resultado bom considerando esse tipo de uso.
Usando o aparelho de modo moderado, sem usar muito a câmera e jogos, a duração da bateria não foi muito além disso, chegando ao máximo de 13 horas por dia. Talvez o motivo seja o processador Intel, que tem fama de ser faminto por energia. De qualquer forma, o Zenfone Zoom suporta um dia de trabalho, mas recomendo sempre deixa-lo carregando a bateria no fim da noite para não ter surpresa no dia seguinte.
Usar o Zenfone Zoom foi uma experiência interessante para verificar a capacidade que um smartphone pode chegar para tirar fotos. O modo manual é o melhor para quem curte obter efeitos, principalmente à noite, onde podemos brincar com rastros de luz e obter fotos nítidas configurando de forma precisa o ISO.
Às vezes o foco demorava a ser feito, talvez devido ao ajuste que as lentes precisavam fazer e isso fazia eu perder alguns momentos. Em geral, a câmera tirou ótimas fotos, como vocês podem ver clicando na foto acima para ver a galeria. É bom dizer que não substitui uma câmera semi-profissional, mas você vai conseguir fotos que não consegue com smartphones comuns.
E o Zenfone Zoom é bom para isso mesmo, pois tem uma câmera compacta dentro do smartphone. Tem um ótimo armazenamento interno para as fotos e vídeos e ainda pode utilizar um cartão micro SD para expandir esse espaço.
Como aparelho Android, é comum como outros. O seu desempenho é muito bom, às vezes decepcionava em alguns aplicativos, como jogos, que travavam ou nem funcionavam, muito provável que a culpa seja o processador Intel, que necessita de “tradutores” internos para os códigos de aplicativos, que são feitos massivamente para a arquitetura de processadores ARM, os mais utilizados em smartphones Android.
Nos mais de 100 dias de uso do Zenfone Zoom, fiquei satisfeito com o desempenho, com a usabilidade da interface do Android e com a qualidade do acabamento. Com certeza é um aparelho para quem gosta de tirar boas fotos com o smartphone.
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